Rede de Enfrentamento realiza ato em alusão ao 18 de maio

Por Coletivo Mulher Vida

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Na quarta-feira (18), ocorreram em todo o Brasil, diversos atos em alusão ao 18 de maio –  Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que este ano completa 22 anos, desde a promulgação da Lei 9.970 (BRASIL, 2000). 

Em Recife-PE, a Rede de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Pernambuco, que é composta por instituições de todo o estado,  realizou, após dois anos sem atos presenciais, uma atividade lúdico afetiva no Marco Zero, região central do Recife.

A ação teve início com falas de membros da Rede de Enfrentamento, com Rosana França, Secretária da Rede, falando sobre o tema da campanha deste ano: “Pernambuco pelo fim da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes. Onde estão as vítimas? Cadê nosso Plano de Enfrentamento?, ressaltando que os crimes sexuais contra crianças e adolescentes não são notificados de forma correta. Ela falou também sobre o crime de exploração sexual de crianças e adolescentes e o crescimento de violências sexuais, apesar da queda das denúncias de violências durante a pandemia da COVID-19.

Pernambuco pelo fim da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes. Onde estão as vítimas? Cadê nosso Plano de Enfrentamento?

Também trouxeram informações muito importantes em relação ao 18 de maio Adriana Duarte (Mana), representante do Coletivo Mulher Vida (CMV), Macdouglas de Oliveira, representante do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PE) e Tonho das Olindas, representante do Grupo Ruas e Praças, que trouxe como palavra de ordem a seguinte frase “Disque 100, falei tô leve”, que impactou e todos se uniram dando força ao grito.

Após as falas, foi iniciado o momento cultural com a apresentação de danças dos adolescentes do Ruas e Praças, a oficina de dança com o grupo da Organização de Auxílio Fraterno (OAF) e apresentação de dois grupos de percussão: um da instituição Ruas e Praças e o outro com o grupo Mútuo Pé no Chão. Entre uma apresentação e outra, vários participantes do ato fizeram falas, que trouxeram dados, informações sobre a Rede, o 18 de Maio,  sobre as instituições e como denunciar casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.

Uma grande ciranda com crianças, adolescentes e adultos, ao redor da Rosa dos Ventos do Marco Zero foi formada, indicando o encerramento do ato do 18 de maio. A ciranda reenergiza e renova a esperança dessa luta que dura o ano inteiro.