CMV participa de Seminário de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
O Coletivo Mulher Vida (CMV) participou, no dia 30 de julho (Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas), do Seminário de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas: Você sabe o que é Tráfico de Pessoas?, realizado durante todo o dia, no Museu Cais do Sertão.

Logo pela manhã, o CMV esteve na Roda de conversa “O que é Tráfico de Pessoas?”, que teve a mediação do Núcleo Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. “O tráfico de pessoas, muito diferente do que as pessoas imaginam, acontece pertinho da gente. Ele não existe somente de um país para o outro. No conceito, diz que é o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas. E acontece muito nestas festas sazonais. O aliciador faz um convite para curtirem uma festa em outro município com tudo pago, mas qual é o preço disso? Quando as vítimas retornam, há relatos que estavam lá disponíveis para serem olhadas e tocadas. É uma situação de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e as pessoas não têm essa compreensão. Então não denunciam e há a invisibilização e a subnotificação deste crime”, explica Rosana França, da coordenação colegiada do CMV.
Na programação, foi debatido “O que é Tráfico de Pessoas”?; “Protocolo de Atendimento a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social”; “Trabalho análogo à escravidão”; e “direito das profissionais do sexo e Municipalização do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”.
“Mais que um espaço formativo – é uma oportunidade para ouvir, articular e fortalecer quem está na ponta. Só com uma rede de proteção ativa e qualificada podemos prevenir, acolher e enfrentar as diversas formas de exploração humana com mais efetividade,” reforçou a Secretária Executiva de Direitos Humanos, Gláucia Andrade.
Durante o intervalo e ao término do seminário, a equipe do Coletivo Mulher Vida e alguns parceiros realizaram panfletagem nas ruas do Recife Antigo, conversando sobre a temática com os turistas, vendedores, ambulantes e visitantes do bairro turístico e pólo digital do Recife, entregando um panfleto que explicava como o crime acontece, como denunciar e onde buscar ajuda.
