Justiça por Paloma! É necessário um sistema de saúde que saiba escutar e acolher.
Que a dor de Paloma se transforme em luta por investimento, acolhimento e políticas públicas. É necessário um sistema de saúde que saiba escutar e acolher.

Na tarde do dia 14 de outubro, estivemos em frente ao Hospital Tricentenário, em Olinda, junto com outras instituições, para pedir providências, chamar atenção para a dor e a morte de Paloma Alves Moura. O que aconteceu com ela retrata uma realidade brutal: a invisibilidade da fala das mulheres nos serviços de saúde, um problema que exige investigação e mudanças urgentes.
Negligência resulta em morte
O trágico episódio no Hospital Tricentenário, onde Paloma chegou com dores e sangramento, e a falta de atendimento que resultou em sua morte expõem, de forma chocante, a urgência de um sistema de saúde que saiba, de fato, escutar e acolher.

A vida de cada mulher depende de uma escuta que a enxerga por inteiro
A história se repete, com variações regionais, mas com um nó central: muitas vezes, a dor e o relato de sofrimento de uma mulher são minimizados, desqualificados ou atribuídos a fatores emocionais. No calor da emergência, essa invisibilidade pode ser fatal. E foi!
A morte de Paloma não pode ser mais uma estatística. Ela precisa ser a lupa de uma profunda revisão nos protocolos de acolhimento e escuta dos serviços de saúde de Olinda e de todo o país. A vida de cada mulher depende de uma escuta que a enxerga por inteiro, com a urgência e o respeito que o seu relato merece.

Falar sobre endometriose é também falar sobre direito à saúde, ao cuidado, à escuta e à dignidade.
O caso de Paloma, ocorrido recentemente no Hospital Tricentenário, trouxe à tona uma dor que muitas mulheres conhecem de perto: a negligência no cuidado com a saúde feminina.
A endometriose é uma doença crônica, dolorosa e incapacitante, que atinge milhões de brasileiras. Mesmo assim, o diagnóstico costuma demorar anos, e o acesso a tratamento especializado ainda é um privilégio de poucas.
Quando o Estado falha em garantir uma assistência integral à saúde da mulher, como prevê o SUS e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, vidas são colocadas em risco.
