HISTÓRIA DO CMV



Considerar uma sociedade livre da violência é um desafio que transcende as fronteiras institucionais e, requer de esforços conjuntos das organizações da sociedade civil e dos formuladores de políticas públicas. Neste sentido, há 33 anos que o Coletivo Mulher Vida vem enfrentando a violência doméstica, sexual e sexista (VDSS) por meio de uma metodologia diferenciada que assim como outras experiências da sociedade civil, tem servido de referência para o atendimento às vítimas de violência doméstica, sexual e sexista, em relação ao acolhimento especializado, respeito à vítima e compreensão da dinâmica sistêmica da VDSS.

O Coletivo Mulher Vida (CMV) é uma organização social sem fins lucrativos, fundada em 17 de janeiro de 1991, com sede no município de Olinda, Estado de Pernambuco, Região Nordeste do Brasil.

Nossa história teve início com a colaboração e entrega de Márcia Dangremon e Cecy Prestrello, duas militantes políticas, defensoras incondicionais de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna, uma sociedade inclusiva, onde crianças, adolescentes, mulheres, famílias e as minorias sociais tenham as mesmas oportunidades e condições. Convictas de que um mundo melhor é possível: Um mundo sem violências.

A nossa caminhada ao longo do tempo recebeu a contribuição de tantos outros profissionais competentes, que se somaram e cooperaram com o desenvolvimento do CMV. Com entusiasmo e competência uniram esforços de forma tal que, ao longo desses 30 anos, temos ocupado um importante papel na prevenção à Violência Doméstica, Sexual e Sexista no Estado de Pernambuco.

Várias lideranças juvenis e comunitárias, assim como profissionais da rede de garantia de direitos, têm ocupado lugares de destaque no cenário local, estadual, regional e nacional pela qualificada participação no âmbito do controle das políticas públicas, que visam prevenir a Violência Doméstica, Sexual e Sexista, dentre outros.

Entre as conquistas alcançadas, é importante ressaltar um contingente de adolescentes, jovens, mulheres e famílias, de comunidades de baixa renda de municípios da Região Metropolitana de Recife, RMR – onde o CMV desenvolve ações, tem conseguido ressignificar as violências sofridas e conquistar espaços de trabalho no mercado formal e outras, conseguido obter uma formação universitária ou construir relações sociais ou familiares sem violência. Algo como a terra prometida na vida dessas pessoas. Contudo, quebrar o ciclo da violência não é fácil, as vezes é necessário anos de intervenção, até que a pessoa possa transformar sua vida e buscar estratégias de proteção para não sofrer novas violações ou até mesmo estar mais atenta, e se vier sofrer logo saber identificar e buscar ajuda.

Anualmente, através dos programas e projetos a organização apoia em média de 350 famílias. O público/parceiro são: crianças, adolescentes (8 a 17 anos), jovens (18 a 22 anos), mulheres (adultas e idosas), famílias, lideranças comunitárias, profissionais da rede de proteção dos municípios, estudantes universitários e a sociedade civil como um todo.

E essa história vai muito além…